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Flashes de ida e volta em permanência de Maurice Blanchot

  • Foto do escritor: Patrícia Claudine Hoffmann
    Patrícia Claudine Hoffmann
  • 7 de set. de 2023
  • 1 min de leitura

Atualizado: 9 de set. de 2023


Os poemas não precisam

ser resolvidos mais

de si mesmos.

Porque os rezam as estrelas,

nos reveses.

Nos revezam de céu,

num armazém de luzes

zelosas de além.

Azulam os sonhos deixados,

em flashes de ida e volta.

Nos devolvem ao que vem.

E ao que não vem

também.

- Porque já estava.

Ponto de fuga,

do poema por vir,

se dirige agora ao centro

das escolhas.

Uma falha no infinito.

Nossa emissária.

Apesar do cansaço,

eu seria o espaço do feroz animal

no ferido pensar dos próprios passos.

Mas a estrutura das primeiras visões

altera camadas do sal,

feito um sinal não muito distante

do paladar onírico.

Não há lugar seguro

para ausências em formação.

Se eu soubesse lhe diria, daqui,

desses alojamentos da ilha.

Flutuante. Sibila.

Tornar-me-ia melhor,

no autêntico silêncio

de minha nunca espécie.

No ventre celeste da estação.

De onde jamais saímos .

Por saudação.

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©2023 por Patrícia Claudine Hoffmann.

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