do livro "Quando a casa queima"... de Giorgio Agamben
- Patrícia Claudine Hoffmann
- 13 de jan. de 2024
- 1 min de leitura
Atualizado: 8 de fev. de 2024
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"Governar a vida nua é a loucura de nosso tempo. Humanos reduzidos a sua pura existência biológica não são mais humanos, governo dos homens e governo das coisas coincidem.
A outra casa, aquela que jamais poderei habitar, mas que é minha verdadeira casa, a outra vida, que nunca vivi enquanto acreditava vivê-la, a outra língua, que soletrava sílaba por sílaba sem jamais conseguir falá-la — tão minhas que jamais poderei tê-las...
Quando pensamento e linguagem se dividem, acreditamos poder falar nos esquecendo que estamos falando.
Poesia e filosofia, enquanto dizem algo, não esquecem que estão dizendo, lembram-se da linguagem.
Se lembramos da linguagem, se não nos esquecemos que podemos falar, então somos mais livres, não somos obrigados às coisas e às regras.
A linguagem não é um instrumento, é nosso rosto, o aberto no qual estamos."
___________________ Giorgio Agamben

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