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poemas disléxicos

  • Foto do escritor: Patrícia Claudine Hoffmann
    Patrícia Claudine Hoffmann
  • 8 de fev. de 2024
  • 1 min de leitura

-de quando estivemos aqui e não sabíamos-


 

A desmemória não nos atinge

os sentidos,

porque a poesia capta seus adeptos

mesmo fora

do radar:

 

cuida de seus vestígios.

 

 *


Não há mais esconderijos

vibracionais

para os portais de si mesmo.

 

Lugarejos de ensino

desenham livros mentais

interinos de nossa longa espécie

e outros manuais de destinos.

 

 

Há espelhos por dentro,

todos desistidos de enigmas.

 

 *

 

Retrospecto de paradigmas

desfeitos na bagagem

também desfeita,

por critérios das

supernovas.

 

Há rimas siderais

e samurais de silêncio

no jardim infenso às muralhas

que não nos servem mais.

 

Nunca houve ninguém

do outro lado

além de nós.


*



₢ Todos os direitos reservados.



Ilustra: Sharon Winter

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